[REVIEW] Capítulo 363 – Macaco saltitante

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Para o deleite geral dos fãs, o foco da trama se mantém em Elfhelm, continuando a desvelar mais alguns segredos pretéritos do enigmático Cavaleiro Caveira; mas, dessa vez, com um pé em Falconia, pois a Misteriosa Criança da Lua Cheia aparece na Terra das Fadas.

Após um breve hiato, estamos de volta com um novo capítulo! O traço de Miura, como sempre, está formidável e sua capacidade criativa continua surpreendendo a cada novo capítulo. Dessa vez, Miura frustrou em parte as expectativas daqueles fãs que queriam que o foco da trama continuasse na caverna de Hanarr, revelando mais coisas do passado do lorde Caveira e de sua relação com Void; pelo menos o foco da trama continua em Elfhelm 😉 Por outro lado, Miura nos trouxe outras revelações e relações interessantes do lorde Caveira, sobretudo a confirmação de sua antiga ligação com Flora e de sua longínqua relação com Elfhelm. E o ápice desse novo capítulo da Saga do Espadachim Negro dá-se com a aparição repentina, embora esperada, da misteriosa criança-de-noite-de-lua-cheia. Ah! e já que mencionei “criança”, não devemos nos esquecer das travessuras de Isidro (e de seu quinteto élfico à la Puck), já que o nome deste capítulo é uma referência direta às brincadeiras dele com as aprendizes de magia 😊 Este capítulo está interessantemente instigante, por isso, sem mais delongas, vamos a ele!

No capítulo passado vislumbramos o Eclipse que marcou o Fechamento do antigo Ciclo de Nascimentos da Mão de Deus, e, neste capítulo, pela boca de Guts, Miura nos confirma isso. Guts entende e percebe perfeitamente o horror que vislumbrou num relance de remota memória, pois também o viu e o sentiu na alma e na pele. Com esta certeza em mente e sabendo que o lorde Caveira foi o portador da armadura Berserker antes dele, Guts compreende que tanto ele quanto o lorde Caveira experimentaram o mesmo horror. Esta compreensão-percepção de Guts gera um tipo de identificação entre ele e o lorde Caveira, embora ainda paire alguma suspeita nisso tudo. Mas, mais que isso, este sentimento de identidade entre o Espadachim Negro e o lorde Caveira gera um tipo de Unidade entre ambos no sentido do Uno, isto é, a coexistência conflituosa e contraditória de diversos e distintos formando um todo coeso, estável e uniforme; pois embora Guts e o lorde Caveira sejam diferentes sob vários aspectos, e estejam separados temporal e espacialmente, ambos estão interligados no tempo e no espaço de uma terrível cadeia causal sobrenatural chamada destino, compartilhando e perseguindo um mesmo propósito, ainda que por caminhos e meios distintos.

Dos Ínferos para os Supernos de Elfhelm, Guts e companhia saem da forja subterrânea de Hanarr e vão até um lugar cavernoso sob as raízes da Árvore Espiritual de Elfhelm. Esta mudança de cenário deve ter deixado frustrada a maior parte dos fãs, já que a maioria gostaria que Guts tivesse continuado sua conversa reveladora com Hanarr (e eu me incluo nela). Nesta parte, penso que o objetivo de Miura era, por um lado, mostrar a origem da armadura do Berserker e, por outro, mostrar um pouco do passado do lorde Caveira, revelando sua ligação pretérita com a armadura amaldiçoada. Com essas poucas revelações, Miura deixou os fãs com “fome” de “quero saber mais”. Entretanto, não havia condições seguras de continuar com a arriscada tentativa de ativar as memórias armazenadas na armadura, já que nem Guts, nem Hanarr têm total controle sobre ela; porquanto que foi melhor parar por ali mesmo. Talvez Miura não recorra mais à memória armazenada na Berserker para nos mostrar os eventos dramáticos e trágicos daquela época, mas os revele pela boca de Gedfring, de Danann, de Volvapa ou do próprio cavaleiro Caveira. Enfim, isso ficará para os próximos capítulos.

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Miura nos faz sete grandes revelações neste capítulo:

1) o túmulo da amada do lorde Caveira está abaixo da grande Árvore Espiritual de Elfhelm, onde acima fica o grande Salão Real de Danann;

2) o arquimago Gedfring se refere à amada do lorde Caveira como “Vossa Majestade”;

3) Danann se refere à amada do lorde Caveira como “Sacerdotisa das Flores de Cerejeira”;

4) Guts e Schierke se impressionam com a semelhança física entre Danann e a amada do lorde Caveira;

5) em sua juventude, Flora teve uma ligada afetiva muito forte com a amada do lorde Caveira e com o próprio lorde Caveira;

6) Flora foi expulsa da Vila dos Magos e proibida de retornar à Skellig por ter violado um tabu de Elfhelm;

7) Gedfring afirma que o lorde Caveira não pertence ao Mundo dos Vivos.

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Dessas revelações, podemos tirar algumas considerações plausíveis:

De (1) deduz-se que a amada do lorde Caveira era uma pessoa importantíssima em Elfhelm, já que foi sepultada sob a Árvore Espiritual de Elfhelm; daqui também se pode deduzir que a Árvore Espiritual de Elfhelm era a morada originária dela;

de (2) deduz-se que ou ela foi a rainha de Gaiseric* ou foi a rainha de Elfhelm;

de (3) deduz-se que ela ou era a guardiã da Árvore Espiritual de Elfhelm, ou era a geradora mantenedora primeira da Árvore Espiritual, ou era a própria Majestade de Elfhelm, já que, assim como Danann, estava fortemente ligada a esta grande Árvore que parece ser o núcleo da magia de Elfhelm; daqui também se pode deduzir que outrora havia um culto de adoração a grande Árvore Espiritual de Elfhelm, o qual era regido e ministrado pela amada do lorde Caveira;

de (4) deduz-se que há uma forte possibilidade de parentesco entre Danann e a amada do lorde Caveira, podendo terem sido irmãs gêmeas, primas-irmãs ou até mesmo mãe e filha;

de (5) deduz-se que Flora nasceu e instruiu-se em Elfhelm, que foi aprendiz da amada do lorde Caveira e através dela o conheceu e conviveu com ele, que foi por ela iniciada e ensinada na magia, assim como iniciou e ensinou Schierke.

* Aqui estamos admitindo que Skull Knight e Gaiseric são o mesmo.

De (6), pode-se levantar a seguinte suposição:

para tentar reviver sua Senhora, a sacerdotisa das flores de cerejeira, Flora praticou necromancia proibida. A jovem Flora, por a amar como sua própria mãe (ou irmã), ficou bastante abalada e inconformada com a morte dela, e recusou-se a perdê-la definitivamente. Decidida a tê-la de volta a qualquer custo, Flora violou o túmulo dela e tentou realizar um ritual proibido de magia negra que invocava a alma e a reconectava ao corpo. Durante o processo, Flora foi descoberta, impedida e denunciada ao Conselho dos Magos. A prática deste tipo de magia era terminantemente proibida em Elfhelm, e, por ter transgredido tal regra, Flora foi detida, julgada e condenada ao exílio perpétuo. É provável que o lorde Caveira tenha ajudado Flora na tentativa de ressurreição de sua amada, já que ambos tinham uma forte relação^* de amizade e cumplicidade.

* Conferir capítulo Marca das garras.

Uma outra possibilidade seria a seguinte: o lorde Caveira (Gaiseric), vestindo a armadura do Berserker, travou uma intensa e destrutiva batalha com os 5 Entes da Antiga Composição da Mão de Deus, conseguindo matar 4 deles. Gaiseric conseguiu este feito impressionante apenas por que se entregou de corpo e alma à maldição da armadura negra, tendo seu corpo material totalmente consumido ao fim do processo (morte física), de modo que sua alma odienta e irada ficou ligada ainda ao plano real através do plano intermediário entre os mundos dos vivos e dos mortos. Flora, decidida a vingar a morte de sua mestra e decidida a ajudar seu amigo Gaiseric, usou uma magia proibida para “colher” a alma dele do plano intermediário e “plantá-la” dentro da armadura branca de Hanarr (a qual ele usa atualmente), de modo ao lorde Caveira permanecer entre os planos espiritual e físico sem ser sugado pelo Vórtice do mundo dos mortos. Por praticar uma necromancia proibida pelas leis de Elfhelm, Flora foi julgada e condenada pelo Conselho dos Arquimagos ao degredo eterno da ilha de Skellig. Desse dia em diante, Flora vagou pelo mundo dos homens em uma jornada fatídica, determinada a ajudar o lorde Caveira no propósito de vingança contra a Mão de Deus.

De (7), podemos levantar algumas suposições: se o lorde Caveira não pertence ao Mundo Real (o mundo onde os humanos vivem), então só lhe resta o Mundo dos Mortos (plano etéreo). Sabemos que o lorde Caveira interage fortemente com o plano real, pois comumente entra em contato com os vivos, inclusive sob a luz do sol, e por isso ele não pertence ao plano intermediário, isto é, o lugar onde ficam os mortos que ainda não passaram para o plano etéreo, aqueles mesmos que atormentam os estigmatizados durante a noite. Se o lorde Caveira pertence ao mundo dos mortos e mesmo assim continua vindo ao plano real como se vivo fosse, então ele é um ente que consegue transitar normalmente entre os dois mundos. Até onde sei, o único ente que consegue realizar tal proeza é o Daímon (demônio), de modo que tenho a forte suspeita de que o lorde Caveira seja um daímon; ou, assim como Flora, tornou-se um daímon depois da morte física. Como ele se tornou um daímon, não sei ao certo, mas suspeito que Flora o auxiliou nisso de alguma forma, ou não. Na mitologia grega, daímon ou daimónion, significa “deus de categoria inferior, espírito protetor, destino condutor, oráculo, intermediário entre os deuses e os mortais, voz interior que fala ao homem, guia-o, aconselha-o e o inspira.” O lorde Caveira possui todos estes atributos, pois já salvou, protegeu, auxiliou, guiou, aconselhou e admoestou Guts várias vezes, até salvou a vida de Rickert uma vez; inclusive aparenta possuir o dom da profecia e a linguagem metafórica de um oráculo, pois sempre fala por enigmas e sua aparição antecede grandes acontecimentos. Portanto, tenho a forte suspeita de que o lorde Caveira seja um daímon.

Provavelmente o lorde Caveira usou a armadura Berserker até ter seu corpo humano completamente consumido, sobrando apenas seu corpo espiritual, então para sua alma não se perder eternamente nas profundezas do Mundo Etéreo, Flora a transferiu para a armadura atual para assim ele poder continuar interagindo com o mundo material, e ainda adicionou algum encantamento na armadura capaz de permitir sua mobilidade entre os mundos físico e etéreo. Ou ainda, a armadura que ele usa, sendo uma obra de Hanarr, pode ter uma magia capaz de permitir o livre trânsito entre os dois mundos de quem a use, e talvez a própria Flora tenha usado uma magia poderosa para manter a alma do lorde Caveira confinada na armadura, como se fosse o próprio corpo dele. Devido a esta incomum habilidade de transitar livremente entre os dois mundos, o lorde Caveira seja dado ora como vivo, ora como morto. Ademais, na mitologia grega, o daímon é uma existência intermediária entre os deuses e os homens; ora pertencendo ao mundo dos vivos, ora ao mundo dos mortos, assim como o lorde Caveira, de modo que isso reforça a hipótese de que ele seja um daímon.

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Para aliviar um pouco nossos corações e mentes nesses tempos de pandemia, Miura inseriu um pouco de comédia na trama. Ele fez isso através dos três personagens mais engraçados e divertidos de Berserk: Puck, Isidro e Isma. Isidro, por um lado, está se vingando das bruxinhas por terem batido nele lá atrás^*; e, por outro lado, está usando isso como desculpa para espiar as partes de baixo das bruxinhas, pois ele é, além de travesso, um pervertido. O mais importante a se notar aqui é que Isidro adaptou perfeitamente seu corpo aos elementais do peso (varytis) e está treinando sua agilidade, velocidade, flexibilidade e seus reflexos; e tudo isso são requisitos necessários para se tornar um espadachim formidável, mas ele precisa melhorar mais seus reflexos e percepções, pois baixou a guarda e foi pego por um Kelpie. Sorte a dele que o Kelpie tinha uma relação amigável com Isma! Outra coisa interessante a se notar aqui é que Isma parece ser carismática e comunicativa com os espíritos das águas, causando uma atração afetiva e uma relação de servidão deles com ela; inclusive se faz ser entendida por eles. OBS: de tão rápido que Isidro estava, o Kelpie o confundiu com um inseto; ou o confundiu mesmo com um macaco saltitante 😊 

* Conferir capítulo Vila dos magos.

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Neste capítulo, por efeito das revelações de Gedfring, tivemos dois dilemas, um por parte de Guts e outro por parte de Schierke. Segundo as revelações de Gedfring, me parece que a relação afetiva que Flora e o lorde Caveira tiveram no passado está se repetindo no presente com Guts e Schierke. Conforme o que foi dito, podemos supor que Flora nutria uma imensa amizade pelo lorde Caveira desde sua tenra idade; depois da morte de sua mestra e de sua expulsão de Elfhelm, ela vagou pelo mundo contando com a amizade do lorde Caveira. Agora compare isso com a trajetória de Schierke desde que conheceu Guts: Schierke, depois que perdeu sua mestra, vagou pelo mundo contando com a amizade e proteção de Guts. Segundo o que foi dito, podemos supor que depois que perdeu sua amada, o lorde Caveira vagou pelo mundo movido pelo ódio e pela vingança, e deve ter contado com a ajuda preciosa de Flora em momentos cruciais de sua jornada. Ou seja, os destinos de Guts e Schierke parecem estar ligados no presente assim como os destinos de Flora e do lorde Caveira estiveram no passado. Mas a questão aqui é se ambos terão o mesmo fim que os dois tiveram! Isso dependerá das escolhas que ambos farão! Schierke poderá seguir Guts em sua jornada pelo mundo lá fora ou poderá ficar em Elfhelm e continuar seu aprendizado de magia e cultivar novas amizades. Talvez Schierke escolha continuar seguindo Guts, já que agora sabe que sua querida mestra foi expulsa e exilada de Elfhelm. Quem sabe! O lorde Caveira experimentou um Eclipse e perdeu sua amada rainha e reino; Guts também experimentou um Eclipse e perdeu seus companheiros, mas não perdeu sua amada Caska. Talvez este detalhe faça toda a diferença e induza Guts a uma escolha diferente da do lorde Caveira. Aliás, a conversa entre Guts e Gedfring tratou disso, ou seja, se Guts se deixará dominar pelo ódio e pela ira ao ponto de perder sua humanidade para a armadura negra em favor de sua vingança contra Griffith, assim como fez o lorde Caveira. Guts está vivendo um terrível dilema, pois uma parte dele deseja ficar com Caska em Elfhelm e outra parte deseja ir embora em busca de matar Griffith.

Enquanto Guts se perturbava pensando nessas duas escolhas, a noite caiu e trouxe consigo uma bela lua cheia, que por sua vez trouxe consigo o misterioso garoto de longos cabelos e olhos negros. O que esperávamos com temor aconteceu: o Garoto veio para Elfhelm! Veio em busca de unir-se a seus pais, em busca do amor maternal e do afeto paternal. A lua cheia adormeceu Femto e acordou o Garoto! Certamente o Garoto viajou pelos Galhos^* da grande Árvore do Mundo, já que chegou tão rápido à Ilha, pois simultaneamente é noite de lua cheia tanto em Falconia como em Elfhelm. Me parece que contra a força desta vontade instintiva, canalizada ao máximo em noites de lua cheia, Femto não tem total controle; mas se apassiva e cede perante o avassalador desejo do Infante de rever seus pais.

* Conferir capítulo Retorno glorioso ao amanhecer.

Na última vez que o Garoto da Lua Cheia apareceu, Guts e Caska estavam a bordo do Seahorse navegando para a ilha Skellig. Agora as coisas mudaram bastante, pois estamos em Elfhelm, onde o tempo flui completamente diferente do mundo lá fora; por exemplo, o tempo em Falconia passa mais rápido que em Elfhelm. Isso é problemático porque a ausência prolongada de Griffith será certamente sentida em Falconia, de modo que seus súditos e servos mais fanáticos, especialmente Sonia, se preocuparão e se incomodarão bastante com o sumiço dele. Já que Sonia tem uma intuição mágica formidável e uma sobrenatural clarividência, além de exercer considerável influência sobre os Apóstolos, poderia reunir uma tropa de Apóstolos sob o comando de Zodd e ir em busca de Griffith através dos Caminhos espaço-temporais da Árvore do Mundo. Isso é provável de acontecer apenas na circunstância de o fluxo temporal de Elfhelm afetar o Garoto, que traz consigo uma poderosíssima atmosfera astral, pois é o recipiente de Femto, um ser astral de altíssimo nível espiritual. Mas note o seguinte detalhe: é noite de lua cheia tanto em Falconia como em Elfhelm, de modo que eles parecem estar compartilhando o mesmo fluxo temporal. Se for este o caso, então não há o risco de uma horda de Apóstolos aparecer repentinamente em Elfhelm. Ademais, na atual conjuntura, Griffith está mais focado em questões políticas e estratégicas, pois tem um império para construir e um Continente infestado de aberrações para limpar, de modo que se ele tiver que livrar-se de Elfhelm, não o fará ainda. Eu entendo que essa possibilidade^* nefasta é considerável porque a aparição do lorde Caveira vem, na maioria das vezes, acompanhada de eventos terríveis, inclusive o próprio lorde Caveira confessa para Danann que é um “presságio da desgraça”. Quem acompanha Berserk há muito tempo sabe que a “desgraça” é uma constante na trama e acontece repentinamente, quando menos se espera; mas, conforme argumentei acima, minha aposta é que não será ainda dessa vez 😉

* Miura disse, numa entrevista recente, que estaria próximo de ocorrer um confronto entre Guts e Griffith. Se for este o caso, então este capítulo seria a preparação para este confronto. Isso prepararia o terreno para Guts partir de Elfhelm rumo à Midland para ter o confronto final com Griffith, e no meio do caminho encontraria Rickert, Daiba, Silat e os Bakirakas, que acompanhá-lo-iam até Falconia. Em uma outra entrevista recente, Miura disse que, com a recuperação de Casca, a saga de Elfhelm estaria caminhando para o fim, e ainda garantiu que os fãs veriam desenvolvimentos surpreendentes depois disso. Ou seja, isso reforçaria mais ainda a possibilidade de ocorrência de um confronto parcial entre Guts e Griffith em Elfhelm. Atenção: tudo isso não passa de especulação 😉

Com a chegada do Garoto em Elfhelm, abre-se a possibilidade para a cura definitiva de Caska, pois o Garoto é um ente astral poderosíssimo e por isso é capaz de fazer Caska confrontar Guts sem cair em crise. Assim como o Garoto, no arco do Deus do Mar, tirou Guts facilmente do controle da armadura negra, pode fazer Caska rememorar, analisar, entender e resolver seu trauma referente às lembranças do Eclipse sem colapsar, levando-a a confrontar o que Griffith e os Apóstolos fizeram com ela e com seus companheiros sem enlouquecer. Assim, a vinda do Garoto para Elfhelm me pareceria mais benéfica do que nociva.

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NOTAS

NOTA 1: o mausoléu da amada do lorde Caveira, com aquela lápide peculiar no centro, parece ser uma referência à cultura celta. Entre o povo celta havia o Druida, sacerdote (ou sacerdotisa) que cultuava e guardava os carvalhos. Aqui parece haver uma relação entre a figura do druida e a amada do lorde Caveira, já que ela é nomeada como Sacerdotisa das Flores de Cerejeira e sua sepultura jaz sob as raízes da grande Árvore Espiritual de Elfhelm.

NOTA 2: sobre o profundo rancor e a fúria inesgotável que o lorde Caveira carrega em sua alma pálida, veja a análise do capítulo anterior (review do capítulo 362).

NOTA 3: cabe agora Miura explicar em que circunstâncias o lorde Caveira conheceu a Senhorita Sacerdotisa das flores de Cerejeira e como se deu a relação deles com Flora e Elfhelm. Isso daria uma nova Era de Ouro!!!

NOTA 4: temos muitas referências a Star Wars neste capítulo. Sendo Miura fã dos filmes, inseriu vários tipos desta grande obra cinematográfica neste capítulo, especialmente o Jar Jar Binks.

NOTA 5: para mais detalhes sobre a identificação de Guts com o lorde Caveira e sobre o motivo da fascinação do lorde Caveira por Guts, veja a análise do capítulo anterior (review do capítulo 362).

REFERÊNCIAS

http://animaregia.net/manga/berserk-ptbr/363/1

https://www.berserkproject.com/2019/05/18/entrevistas-com-miura-em-2019/

https://www.berserkproject.com/2019/09/19/entrevista-com-miura-sobre-duranki-e-o-futuro-de-berserk/

BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia grega, vol. 1. Petrópolis, RJ: Vozes, 26º ed., 2015.

Gostaram do review? Alguma crítica ou sugestão? Fiquem a vontade para comentar e deixar sua opinião aqui! Até o próximo capítulo, quem sabe!

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